
Apesar dos paranaenses serem contra o Fracking e a realização de testes para aquisição sísmica, a ANP insiste a colocar em risco os aquíferos Guarani e Serra Geral, nossa agricultura e pecuária, a saúde das pessoas e do ambiente
A COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Ãgua e Vida – alerta a população e gestores públicos das cidades do Oeste do Paraná que equipes da Global Services, empresa contratada pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) para realizar mapeamento e pesquisa no subsolo para extração de gás de xisto, se encontram na localidade de Vila Cajati, na BR 277 na saída para Curitiba próximo ao pedágio, entre Cascavel e Toledo.
O método não convencional para a extração do gás de xisto é chamado de fraturamento hidráulico, ou Fracking, e consiste em infetar no subsolo milhões de litros de água, misturados à areia e um coquetel de 720 substâncias químicas, muitas cancerígenas e até radioativas. Parte desta mistura permanece no subsolo e chega aos aquíferos. O que retorna à superfície contamina a água, o solo e o ar, além de provocar doenças como câncer nas pessoas e animais. Proibido em vários países por seus impactos ambientais, econômicos e sociais, esse método altamente poluente também provoca terremotos e intensifica as mudanças climáticas.

Segundo Juliano Bueno de Araujo, coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org e fundador da COESUS, “os testes feitos pelos caminhões vibradores geram uma série de tremores, terremotos induzidos, que embora de baixa magnitude provocam rachaduras em edificações e têm levado pânico à população”.
Ele lembra que em dezembro do ano passado, os mesmos testes foram realizados na região de Londrina, provocando inúmeros prejuízos em casas nas cidades de Arapongas, Rolândia e Cambé e assustando os moradores de várias cidades da região Norte.

Ainda de acordo com Juliano, “as pesquisas irão embasar novos leilões e abrirão caminho para a realização do fraturamento hidráulico, método não convencional para extração do subsolo do gás de xisto, também chamado de Fracking”.
O fundador da COESUS alerta que o período médio de pesquisa é de 7 a 10 anos e permite perfurações para testes, que em alguns Estados chegam a 300 poços. “É quando se dá a contaminação química e radioativa, pois a diferença básica da pesquisa e produção comercial é que o produto final não é comercializado”.
A campanha Não Fracking Brasil vem alertando sobre os impactos contaminantes dos testes para aquisição sísmica, que estão sendo realizados sem os licenciamentos ambientais e autorizações legais. Dezenas de cidades do Paraná já aprovaram projeto de Lei sugerido pela COESUS que proíbe operações de Fracking, inclusive a realização da aquisição sísmica. Os paranaenses já se manifestaram contra a realização destes testes, protestando veementemente e pressionando os legisladores para proibir o Fracking no Estado.
“Hoje estes caminhões estão na região de Cascavel. Infelizmente, as cidades da região não têm uma legislação municipal que proíba a atividade de pesquisa em vias municipais, o que coloca a população em risco em detrimento de interesses espúrios”, lamentou.
Veja como são realizados os testes:
Por Silvia Calciolari
Fotos: COESUS/350Brasil
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