
Ao sancionar a Lei, o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, afirmou que a tecnologia para extração do gás de xisto é prejudicial ao meio ambiente e à vida.
A cerimônia de sanção da Lei 10.299/16 que proíbe em Maringá o fraturamento hidráulico, ou FRACKING, para extração de gás de xisto do subsolo foi um marco para a campanha Não Fracking Brasil. Não só pelo fato de Maringá ser a maior cidade brasileira território livre da contaminação que a tecnologia provoca no meio ambiente e que afeta as pessoas, reservas de água, solo e ar, mas porque a decisão servirá de modelo para outras cidades da região.
É preciso destacar que a aprovação da lei municipal proibindo o Fracking em Maringá, assim como aconteceu em Arapongas, é uma ação preventiva, uma vez que o subsolo ainda não foi vendido pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP). Em 2013, a ANP vendeu blocos para exploração de gás de xisto que atingem 372 cidades brasileiras em 15 estados. Só no Paraná, são 122 municípios que estão à mercê desta tecnologia devastadora para os ecossistemas, grande consumidora de água e altamente poluente.

“Queremos uma cidade sustentável e uma tecnologia como Fracking representa um perigo ao meio ambiente e as reservas de água, principal bem da nossa vida”, afirmou o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP) após a sanção da Lei 10.299/16 aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Vereadores.
Amplo apoio da comunidade

Com a nova legislação banindo o Fracking, Maringá é território livre da contaminação da água, solo e ar provocada pela tecnologia e protegerá sua biodiversidade, a saúde das famílias e animais, além de contribuir para conter o aquecimento global.
“Maringá será exemplo e modelo para outras cidades na luta contra o fraturamento hidráulico. Estamos articulando uma ofensiva na região para ampliar a proibição na região”, garantiu Reginaldo Urbano Argentino, representante da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida e 350.org Brasil e presidente da Cáritas Paraná.
Reginaldo destacou o apoio da Diocese de Maringá, além de outras entidades religiosas, movimentos sociais, lideranças políticas, parlamentares, gestores públicos, professores e estudantes, sindicatos e população em geral.
Também participaram na solenidade o Vice-Prefeito Cláudio Ferdinandi, o Secretário Municipal de Meio Ambiente Umberto Crispim e demais autoridades.

Em depoimento, Valter Fernandes, presidente do Conselhos de Leigos da Diocese de Maringá, a sanção da Lei é “apenas a vitória de uma batalha numa guerra maior para banir o Fracking na América Latina”. Valter garantiu o apoio do conselho para levar a proibição a outras cidades do Paraná, na luta pela vida e em defesa do meio ambiente.
Por Silvia Calciolari
Fotos: COESUS/350Brasil
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