
Próximas usinas nucleares depois de Angra 3 podem ser instaladas no estado, gerando graves impactos socioambientais
Hoje (3), o Valor noticiou que o Estado de Pernambuco pode abrigar as próximas usinas brasileiras depois de Angra 3. De acordo com a reportagem, a Eletronuclear concluiu o estudo de localização de futuras usinas do tipo no país, definindo o município de Itacuruba, localizado no interior do estado e à margem do Rio São Francisco, como local ideal para novos empreendimentos.
Para o coordenador de campanhas climáticas da 350.org Brasil e fundador da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS), Juliano Bueno de Araújo, a escolha é absurda. “Energias renováveis, como a eólica, solar e até mesmo a biomassa são inúmeras vezes mais baratas e essencialmente seguras. A partir dessas decisões fica a pergunta: que danosos interesses políticos há por trás disso?”
“Acredito que nem é necessário fazer lobby – o nuclear já está dentro do próprio Ministério de Minas e Energia (MME) e a fala do secretário do Planejamento e Desenvolvimento Energético, Reive Barros, confirma isso”, complementa Araújo. Os investimentos para a instalação do parque seriam de R$30 bilhões para entrada em operação em 2026. Barros espera que “o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050 sinalize com a continuidade de construção de usinas nucleares”.
Riscos da energia nuclear
Embora a energia nuclear seja uma forma considerada eficiente para a geração de energia, sua produção apresenta inúmeros riscos para o meio ambiente e para a saúde pública, além dos altos custos de produção.
“Um dos principais impactos causados por essa produção é a contaminação pelos rejeitos radioativos que permanecem nocivos por milhares de anos, sem contar com o risco de acidentes e vazamentos – como os que já aconteceram em Chernobyl, em 1986, e em Fukushima, em 2011”, explica Araújo.
“É preciso lembrar que não só o meio ambiente fica em risco com esse tipo de produção, estamos falando de vidas sendo ameaçadas. Com tantas opções renováveis, seguras, eficientes e consideravelmente mais baratas, não há porque pensar em investir em energia nuclear”, finaliza.
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Paulinne Rhinow Giffhorn — jornalista da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).
Email : paulinne@naofrackingbrasil.com.br
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