
Poluição, contaminação, desemprego e altos impactos para a fauna e flora: essa pode ser a nova realidade encontrada na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Embora as empresas responsáveis pelo projeto da Mina Guaíba, Zheijang Energy Group e Copelmi Mineração, garantam que a implantação seja estratégica e responsável por “fomentar o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do estado”, a realidade é bem diferente
É preciso considerar que a Mina Guaíba seria a maior mina de carvão a céu aberto do Brasil – extraindo 166 milhões de toneladas apenas na primeira fase do projeto, em uma área de mais de 4 mil hectares. Tal operação retiraria em conjunto 2,4 milhões de toneladas de enxofre, assim como mercúrio, cádmio, chumbo e arsênio. A água da região ficará contaminada com esses metais pesados e poluentes, além de causar chuva ácida.
Durante os procedimentos, são feitas pilhas de armazenagem de carvão de até 15 metros – fazendo com que a poeira alcance Porto Alegre e toda a região metropolitana. Não obstante, de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Copelmi, o projeto vai esvaziar dois lençóis freáticos com um volume de meio Guaíba – atualmente, esses reservatórios de água potável funcionam como caixas d’água para a região. Desta forma, com a água, o ar e o solo completamente contaminados, mais de 4 milhões de pessoas serão afetadas diretamente e diariamente.
Com tantos pontos negativos, acabamos lembrando da economia. Será que esse projeto seria realmente vantajoso financeiramente? Mesmo com as vagas ofertadas na fase de implantação – 331 empregos diretos e 83 indiretos – e com os empregos gerados após a construção Mina, que terá uma duração aproximada de 30 anos – sendo 1.150 diretos e 3.360 indiretos –, a conta não fecha. Na região, cerca de 7.500 pessoas ficarão desempregadas. Agricultores perderão suas terras, pescadores do Delta do Jacuí não terão mais acesso à sua atividade e o setor hoteleiro será altamente prejudicado.
Além disso, ambicioso projeto tem a intenção de se tornar o maior polo carboquímico de toda a América Latina – algo que vai muito além do que atualmente está sendo licenciado. O próprio gerente de sustentabilidade da Copelmi, Cristiano Weber, afirmou que a Mina Guaíba está condicionada à construção desse polo. “Se o polo não sair, essa mina não se paga. Para o mercado atual, nós não abrimos essa mina”, afirmou Weber em artigos divulgados pelo Jornal do Comércio e pelo Instituto Humanitas.
Um país como o Brasil tem diversas oportunidades para investir em um desenvolvimento sustentável e mais barato, sem necessitar colocar em risco toda uma população para uma matriz que corresponde à menos de 4% da matriz energética brasileira. Diversas ações estão sendo realizadas em Charqueadas (RS), Eldorado do Sul (RS) e, atualmente, a principal reivindicação da comunidade é a realização de uma Audiência Pública em Porto Alegre (RS) – visto que a capital também será fortemente prejudicada pelo projeto. Mais
Venha conosco, diga NÃO à mina de carvão!
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CONTATO: Paulinne Giffhorn, coordenadora de comunicação do Instituto Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida – paulinne@naofrackingbrasil.com.br / +55 41 99823-1660
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