Estado vive epidemia de terremotos já comprovadamente relacionada à intensa atividade de fraturamento hidráulico no subsolo, fato reconhecido pelos gestores públicos e especialistas
Os moradores da pequena cidade de Pawnee, no estado americano de Oklahoma, entraram com uma ação coletiva exigindo que 27 empresas Fracking paguem pelos efeitos de um terremoto de magnitude 5,8. Eles afirmam que as empresas atuam com um “desprezo imprudente pela segurança pública ou privada”.
Danos à propriedade, a queda dos valores de propriedade e aflição emocional em decorrência do terremoto recorde em setembro são reivindicados na ação, que não especifica qualquer soma que as 27 empresas de Fracking devem pagar caso sejam consideradas responsáveis, conforme noticiou a Agência Associated Press.
A ação judicial apresentada na última quinta-feira, 17 de novembro, no Tribunal Distrital dos Estados Unidos contra o método de extração de fraturamento hidráulico de gás natural, ou Fracking, que usa a injeção de águas residuais na terra, oferece como causa não só do grande terremoto magnitude, mas de 52 tremores subsequentes.
Centenas de casas apresentaram rachaduras em suas estruturas, paredes e abrigos de tempestade. Também foi relatado queixas de curto-circuito em tomadas eléctricas. Apenas duas das 27 empresas são nomeados na denúncia, Cummings Oil Company e Eagle Estrada Oil, LLC.
“Temos clientes que não deixam seus filhos subirem no andar de cima, porque eles temem que o telhado caia sobre as crianças”, disse à AP Curt Marshall, um dos advogados dos moradores que entraram com a ação. “Não é tanto o medo, mas quão grande será o próximo?”
Fonte: No Fracking Valles Pasiegos
Tradução: Silvia Calciolari
