Prefeitas e prefeitos que participam da XIX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, evento nacional organizado pela Confederação Nacional de Municípios, conheceram os riscos e impactos ambientais, econômicos e sociais provocados pelo FRACKING.
A campanha NÃO FRACKING BRASIL participou da marcha após diretores da CNM receberem informações da Associação dos Prefeitos do Ceará, representada por Nicolas Favre, dos severos e irreversíveis danos ao meio ambiente, à agricultura e à saúde das pessoas. Método não convencional para exploração de gás de xisto, o FRACKING é altamente poluente e representa uma séria ameaça às cidades brasileiras.
Em palestra para os gestores, Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora da 350.org Brasil e América Latina e coordenadora nacional da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil, explicitou os riscos de contaminação para a água e reservas subterrâneas, solo e ar, além de causar terremotos e intensificar as mudanças climática. Nicole defendeu o desinvestimento em combustíveis fósseis e a necessidade de termos como prioridade projetos para geração de energia sustentável, 100% renovável e com justiça climática.
“Cada cidade pode se proteger desta perversa tecnologia aprovando uma legislação municipal que proíba emissão de alvará para operações de exploração de gás de xisto por Fracking, outorga de água, queima de gases e tráfico de caminhões com substâncias químicas perigosas e tóxicas”, afirmou Nicole.
Todos os participantes da palestra, além das delegações regionais, receberam um kit com o modelo do projeto de lei proibindo o Fracking, panfletos e folders com informações.
A partir de agora, uma comissão especial será formada no âmbito da CNM, com a participação da COESUS e 350.org Brasil, para discutir estratégias para informar e mobilizar as prefeitas e prefeitos brasileiros a aprovarem uma legislação que proíba o FRACKING nas cidades a serem impactadas.
Toledo
O prefeito de Toledo, Beto Lunitti, também participou da palestra e contou a experiência da cidade na luta contra o FRACKING, depois que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vendeu em 2013 blocos para exploração de gás de xisto que comprometem 100% do território.
“Nossa cidade está inteiramente mobilizada e engajada na luta contra o fraturamento, pois não vamos permitir que o nosso trabalho e a nossa história sejam exterminados pela contaminação”, garantiu Lunitti.
Outro prefeito paranaense que estava na palestra foi Reni Pereira, de Foz do Iguaçu. “A preocupação é grande com as consequências imediatas do FRACKING, mas principalmente com os impactos a longo prazo”, destacou. Para Pereira, podemos produzir energia por várias fontes, “mas para produzir alimentos temos que ter solo fértil e água sem contaminação”.
O Prefeito de Toledo, Beto Lunitti, esteve em Brasília na XIX MARCHA DOS PREFEITOS e entregou documentos para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, acompanhado do prefeito de Cascavel, Edgar Bueno. Na oportunidade, Lunitti ajustou que Toledo coordenará uma comissão na CNM para debater o FRACKING, com agenda prevista para junho, para estabelecer um cronograma de estudos técnicos a ser apresentado aos Senadores e Deputados Federais.
Fotos: Rui Ogawa/COESUS/350.org Brasil e Divulgação/CNM
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